segunda-feira, 27 de maio de 2019


Pais e filhos
 Clara  Novelli 8 A
Já parou para pensar , que tem certas coisas que todos nós (filhos) já fizemos?  Todos nós já viramos para nossos pais, após uma briga ou discussão, e “jogamos”  a seguinte frase, “quando eu for mãe/pai  eu vou deixar meu filho fazer tudo que ele quiser, vou ser muito mais legal que vocês”.
      São frases que todos os filhos, mas principalmente as crianças, já falaram,ou ainda vão falar.  Coisas do tipo, quando sua mãe fala para você uma blusa mais quente, porque sabe que vai fazer frio, e você responde com um “não precisa, tá calor hoje!” ou um “ ai mãe, que saco, já falei que não vai fazer frio hoje!”.
    E no final o pior é que, realmente faz frio. Ou chove . e até uma certa idade, se a sua mãe estiver com você, ela vai te emprestar a blusa dela, ou vai ter levado uma para você.
    Ou quando estamos bravos  e soltamos um “eu te odeio”, que obviamente não é real, mas sabemos que vai atingi-los.
quando crianças, nós ás vezes fazemos coisas que não percebemos, ou que não enxergamos o peso daquilo sobre os nossos pais.  Nós dizemos, que a comida está “horrível” quase sem dó. E mesmo assim, nossos pais cansados de seus dias super corridos, tentam parar  o que estão fazendo porque nós , os filhos, temos fome, ou apenas para tentar passar algum tempo com a gente.  E nós nem percebemos o esforço deles.
e aí a adolescência chega, e as frases mudam, ficam mais intensas.  E elas ajudam no afastamento, que acontece entre a maioria dos pais e filhos nessa fase.  são coisas do tipo, “ não vejo a hora de não morar mais com vocês” ou “ vocês ficam cuidando da minha vida porque? não tem vida social só pode!”
E por aí vai...
Mas í chega o momento que nós crescemos, e viramos adultos.  E nessa hora nós agradecemos por tudo que eles já fizeram por nós.  Por eles terem “suportado” essas frases, e ajudaram a gente a amadurecer e não usa-las mais...

terça-feira, 30 de abril de 2019


SEPARADOS” PELO ÔNIBUS
        Clara Novelli                                                                     
                                                            
E lá estava eu de novo, atrasada para pegar o meu ônibus, como se isso não fosse algo típico do meu dia-dia, não é mesmo?
Quando estou chegando ao ponto, e vejo que o ônibus já esta lá, aperto o passo, pensando que a fila de pessoas meio lentas e mau-humoradas pela manhã, iriam demorar para entrar no ônibus a tempo para que eu chegasse. E eu não podia estar mais enganada! Acontece que aquela fila de pessoas lentas virou uma fila de pessoas impacientes e entraram bem rapidinho. Foi então que percebi que o ônibus já estava andando e estava passando o farol, que eu até pensei que fosse me ajudar e ficar no vermelho. Eu simplesmente não poderia me atrasar mais uma vez para a aula, três vezes em uma semana, e o metrô estava sempre cheio de mais pessoas ainda mais lentas, então peguei ar, e me pus a correr.
Já estava quase no ponto seguinte, eu estava ofegante e cansada de tanto correr, até que o motorista me reconhece, pára o ônibus, dá uma risadinha e abre para mim. Eu acho que na verdade ele acha divertido isso, porque se eu parar para pensar, posso ser o ponto alto do dia dele, ele sempre está com uma cara fechada quando pego seu ônibus normalmente, igual às outras pessoas, que apenas passam por ele com um “bom dia” ou um “boa tarde” esfarrapado. Porém toda vez que tenho de correr ele dá aquela risadinha. Claro, eu já estava acostumada a isso, porém apenas pensei, ele sempre dirige esse mesmo ônibus de manhã e às vezes eu o vejo de tarde ao sair da escola, e sempre com as mesmas pessoas tristes e cansadas de seus dias iguais, porque se você parar para pensar, as pessoas do ônibus se dividem em 5 características para mim:
  1. Estão mexendo no celular, gastando sua internet em coisas inúteis como vídeos de gatinhos, ou de comidas que sabem que nunca farão.
  2. Escutando música, que eu pensei e não se encaixa no celular, porque as pessoas que escutam música, na maioria das vezes estão apenas pensando na vida, no dia difícil que tiveram, ou até tentando se animar, mas estão só com os fones, acho que meio que uma desculpa para não interagir.
  3. Dormindo, apenas capotam de cansaço, e às vezes até viram meme, por causa das posições desesperadas para ficarem confortáveis.
  4. Ás vezes tem aquela dupla, trio ou etc. de pessoas que vão conversando juntas, mas nunca interagem com alguém do ônibus, apenas conversam sobre a vida, espalham fofocas, e o ônibus inteiro ouve, também tendo quem só escuta as conversas alheias.
  5. Por último, as pessoas que observam, aquelas que te encaram pois não têm nada para fazer, sempre com caras meio cansadas ou tristes.
Sim, essas não são as únicas coisas que alguém do ônibus faz, porém são as que mais vejo, com maior recorrência. E eu acho que todos nós já fizemos todas elas, ou ainda vamos fazer, porque o que há de comum entre elas, é que elas evitam esse contato com alguém novo do ônibus. Sim, sempre tem a senhorinha que puxa assunto sobre o clima, mas na maioria das vezes nós nos prendemos em nossos mundos, com celular, sono, cansaço, música, livros e etc.
    Finalmente percebo que até agora estou parada no começo do ônibus, sem nem dar “oi” ao motorista quanto mais passar o bilhete, e meu ponto já é o próximo. Apenas dou “tchau”, uns trocados ao cobrador, desço e vejo o ônibus indo embora,e com ele as pessoas lentas.